Escassez na oferta de mão de obra qualificada no Brasil pode ser enfrentada, dentre outras formas, por meio de investimentos em programas de educação de jovens, aponta estudo do Ipea (Instituto Econômico de Pesquisa Aplicada) que reúne uma série de artigos sobre o mercado de trabalho brasileiro e qualificação profissional .
Dentre os caminhos possíveis de ajuste nesse cenário, tanto os naturalmente implementados pelas forças de mercado quanto os que são escopo de políticas públicas, o estudo destaca a ampliação de programas de trainees e de qualificação de novos empregados, investimento em formação continuada, maior investimento em cursos de qualificação por parte do governo, Sistema S e outras entidades da sociedade civil, aprimoramento do ensino superior, especialmente em áreas técnico-científicas, melhoria na educação básica e formação em nível técnico de qualidade e articulada com o mundo do trabalho.
O estudo também aponta que “há indícios de haver menos disposição de jovens para os cursos na área tecnológica que para outros campos. Este conjunto de fatos chama atenção para um eventual descompasso entre demandas por qualificações, padrões de escolaridade e aspirações e expectativas educacionais e ocupacionais”.
Finalmente, o estudo sugere como um dos temas relevantes para futuras pesquisas: “expectativas e aspirações dos jovens quanto a trajetórias educacionais e ocupacionais (notadamente em ciências, tecnologia e engenharias) e perspectivas de vida ativa”.
