Escolas cívico-militares: seriam uma boa alternativa para a educação em valores sociais e morais?

22/09/2019

O Ministério da Educação, por meio do Decreto 9.465, de 02/01/2019, está propondo a expansão de um modelo de escola cívico-militar para instituições de educação básica.

Esse modelo tem sido adotado por algumas Secretarias Estaduais de Educação. Nessa proposta, as escolas são administradas por militares, que cuidam da disciplina dos estudantes, e a parte pedagógica fica sob responsabilidade de especialistas e professores civis.

Atualmente há mais de 120 escolas públicas geridas pela Polícia Militar em diversos Estados da Federação. Segundo tem sido noticiado, outras escolas serão estimuladas para adotar esse modelo, que se caracteriza por forte hierarquia e controle disciplinar, com a adoção de regras de conduta similares às que são adotadas nos quartéis.

Preocupados com a expansão desse modelo como alternativa para promover a melhoria do desempenho e a disciplina dos alunos nas escolas de educação básica, pesquisadores da área da psicologia educacional e professores de diversas universidades brasileiras elaboraram uma Carta Aberta em que manifestam suas considerações sobre o modelo de educação que orientou o Decreto 9.465/2019 e apresentam pressupostos que, em seu entendimento, devem orientar uma educação em valores sociais e morais que contribua para a formação de crianças e jovens para a vida em uma sociedade democrática.

Trata-se do posicionamento de pesquisadores que há anos se dedicam a estudar a construção de valores em crianças, adolescentes e adultos, principalmente em instituições educativas.

Acesse aqui o texto da Carta Aberta: Escolas cívico-militares: seriam uma boa alternativa para a educação em valores sociais e morais?

Acesse aqui o Decreto 9.465, de 02/01/2019

Acesse aqui o artigo: As escolas e a formação das crianças e jovens para a democracia