O uso de vitaminas, antioxidantes e hormônios em terapias para retardar o envelhecimento divide a opinião de especialistas brasileiros e estrangeiros. O assunto foi tema de debate no Congresso Brasileiro de Geriatria e Gerontologia, realizado em maio de 2012.
Sem comprovação científica sobre seus efeitos, não é apenas a eficácia desses medicamentos que é questionada, mas a segurança do uso, já que eles podem aumentar os riscos de diabetes e câncer.
Um dos principais alvos daqueles que são contra essas terapias é o hormônio do crescimento (GH), prescrito com o intuito de aumentar a massa muscular e a queima de gordura. Esse hormônio, no entanto, é indicado para pacientes com nanismo, problemas renais crônicos e portadores de HIV, por exemplo.
De acordo com reportagem do jornal Folha de S. Paulo, “essas drogas dobram o risco de tumores de fígado e aumentam em quatro vezes as chances de a pessoa ter diabetes. Também há relatos de acromegalia (crescimento de órgãos, inclusive o coração)”.
Outros protagonistas das terapias antienvelhecimento – e que não possuem comprovação científica – são os hormônios bioidênticos, a testosterona e o tireoidiano e as vitaminas E, C e betacaroteno. O consumo desnecessário de vitaminas pode causar sobrecarga dos rins e a vitamina E já foi associada, em estudos recentes, a um aumento no risco de câncer de próstata.
Defesa
Médicos ortomoleculares que defendem esse tipo de terapia, no entanto, dizem que a opinião contrária é baseada em poucas referências bibliográficas. Para o médico Edson Luiz Peracchi, presidente da Academia Brasileira de Medicina Antienvelhecimento, entrevistado pelo jornal, “Esse assunto já foi discutido, a normalização científica já existe. Tentar negar a importância de suplementos de vitaminas e minerais chega ao absurdo.”
Com informações do jornal Folha de S. Paulo