Pesquisa do IBGE sobre saúde do escolar (PeNSE) revela dados sobre o comportamento dos adolescentes brasileiros. Por meio de um questionário eletrônico, foram levantadas informações sobre diversos assuntos, como drogas, sexo, violência, relacionamento com a família, hábitos alimentares e de higiene, educação e trabalho, entre outros.
Ao todo, responderam ao questionário mais de cem mil adolescentes matriculados no 9º ano do ensino fundamental de 2.842 escolas de todo o País (86% dos alunos tinham entre 13 a 15 anos de idade).
Confira alguns dos resultados abaixo ou acesse a pesquisa na íntegra no final dessa página.
Drogas
De acordo com o levantamento, 21,8% dos adolescentes já sofreram algum episódio de embriaguez na vida. Nos 30 dias que antecederam a pesquisa, 26,1% consumiram álcool e 5,1% fizeram uso de cigarro comum. Mais de 7% já usaram drogas ilícitas, como maconha, cocaína, crack, cola, entre outros.
Violência
Mais de 20% dos alunos entrevistados declararam ter praticado algum tipo de bullying contra os colegas nos 30 dias anteriores à pesquisa. Cerca de 7% disseram já terem se sentido humilhados por provocações dentro do ambiente escolar.
Em casa, 10,6% afirmaram terem sido fisicamente agredidos por um adulto da família. A maior proporção foi registrada na região sudeste (12%).
Alimentação
Entre as meninas, quase 50% está insatisfeita com o próprio peso. Pouco mais de 30% quer emagrecer, enquanto 16% tentam engordar. Entre os meninos, 21% querem perder peso e 19,6% querem ganhar peso.
A porcentagem de alunos que querem emagrecer é maior em escolas particulares: 36,4% contra 24,2 % nas escolas públicas.
Nos 30 dias anteriores à pesquisa, 6% dos entrevistados tomaram laxantes ou provocaram vômito na tentativa de perder peso. Outros 6,2% utilizaram medicamentos ou produtos para ganhar peso ou massa muscular.
Sexo
Os dados apontam que 28,7% dos escolares já tiveram relação sexual alguma vez na vida (desse total, 40,1%, são meninos e 18,3%, meninas). Na Região Norte a iniciação sexual é mais precoce (38,2%). Cerca de 75% declararam ter usado preservativo na última relação.
Os entrevistados responderam também a questões sobre o acesso na escola a informações sobre sexualidade: 89,1% disseram que receberam orientações sobre doenças sexualmente transmissíveis e AIDS, 82,9% receberam informações sobre prevenção de gravidez e 69,7% foram orientados sobre como conseguir preservativos gratuitamente.