Em entrevista à Rádio CBN, Norberto Frota, neurologista e vice coordenador do departamento científico da Academia Brasileira de Neurologia, fala sobre o Mal de Alzheimer e sobre a possibilidade de haver tratamento preventivo. “Tratar o paciente quando ele já está na fase de demência não adianta mais, a gente tem que tratar antes do quadro aparecer”, diz o neurologista.
O médico comenta uma pesquisa – divulgada por cientistas espanhóis em agosto de 2013 – que mostra que uma diminuição do conteúdo de DNA mitocondrial pode ser um indicador do Mal de Alzheimer. Esse seria um marcador que indicaria quando uma pessoa tem predisposição a desenvolver a doença – isso dez anos antes de aparecerem os primeiros sintomas. Nesse caso, o paciente teria a possibilidade de iniciar um tratamento mais eficaz, antes de chegar à fase de demência.
Atualmente, o diagnóstico do Mal de Alzheimer só é possível de ser feito quando a doença já está avançada e aparecem os primeiros sintomas. “Quando o quadro demencial, que é o mais conhecido, se apresenta, ela [a doença] já há começou pelo menos 10, 15 anos antes, com a degeneração do cérebro”, diz Frota.
Ouça abaixo a entrevista: