Aproximadamente dois terços dos municípios brasileiros possuem uma situação fiscal difícil ou crítica, revela o Índice Firjan de Gestão Fiscal (IFGF), criado pela Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro. A gestão de 2.302 (44%) prefeituras foi avaliada com conceito C (difícil) e a de 1.045 (20%) com conceito D (crítico).
Em boa situação fiscal (avaliados com conceito B), estão 1.824 municípios. Apenas 95 prefeituras (2% do total) apresentaram uma gestão fiscal considerada excelente (conceito A).
Dentre as 100 cidades com melhor gestão, 81 estão localizados nas regiões Sul e Sudeste. Já o Norte e o Nordeste concentram 93 dos 100 últimos municípios do ranking. Ilha Grande, no Estado do Piauí, foi a pior colocada. No outro extremo está Santa Isabel, de Goiás.
No que diz respeito à gestão de contas públicas, o Brasil pouco avançou entre 2006 e 2010: apenas 1,9%. O baixo desempenho se deve principalmente ao inchaço das prefeituras brasileiras. O índice que mede a contratação de pessoal piorou em 15,2%, apontando um aumento nos gastos com o pagamento de funcionários públicos.
O IFGF é composto por cinco indicadores: Receita Própria, Gastos com Pessoal, Investimentos, Liquidez e Custo da Dívida.
