Investimento social e sustentabilidade: tendências na América Latina

Por solicitação da Rede América – organização que congrega 53 fundações empresariais e empresas de 12 países da América Latina – a Prattein realizou o estudo intitulado “Organizações de Base, Redes Intersetoriais e Processos de Desenvolvimento Local – O Desafio da Sustentabilidade”. 

O estudo examina os fundamentos do conceito de sustentabilidade e mostra as possibilidades e desafios de sua concretização em programas de investimento social conduzidos por fundações empresariais de três países latino-americanos – Peru, Brasil e Colômbia. À sua maneira, cada um desses programas buscou apoiar organizações de base e promover o desenvolvimento de comunidades locais. 

Algumas das estratégias que, segundo o estudo, alinham programas de investimento social com os princípios do desenvolvimento sustentável são:
– A concentração de esforços na criação de condições técnicas, gerenciais e políticas para que grupos populares de base se qualifiquem para participar em cadeias de produção e consumo das economias locais;
– A busca de sintonia entre a empresa que realiza programas sociais e as lideranças governamentais e comunitárias locais em torno dos objetivos dos programas;
– A criação de organizações locais de apoio ao desenvolvimento de base e de um sistema de governança intersetorial que ajude a sustentar os processos de mudança desencadeados pelos programas;
– O foco no fortalecimento de organizações que sejam criadas e conduzidas pelos próprios grupos populares de base, e não criadas para eles pelas empresas ou pelos governos;
– O compromisso das fundações empresariais em persistir na parceria com as organizações de base e sustentar sua presença apoiadora por períodos de tempo suficientemente longos;
– A adoção de um enfoque sistêmico e integrado dos diferentes recursos e capacidades (“capitais”) que devem ser desenvolvidos nas localidades para que as mudanças sejam sustentáveis: capital humano (capacitação das pessoas), capital produtivo (equipamentos e tecnologias), capital social (alianças e vínculos), capital ambiental (uso sustentável dos recursos naturais).

As conclusões do estudo permitem delinear o perfil de uma nova geração de programas de investimento social que emerge no cenário latino-americano: programas pautados pela busca ativa de cooperação entre empresas, organizações sociais e governos em torno de políticas públicas, e pela identificação de oportunidades de emprego de recursos e tecnologias que as empresas utilizam em seus próprios processos produtivos, ou que estão presentes em suas cadeias produtivas, para a promoção de processos de desenvolvimento econômico de base e desenvolvimento local. 

Acesse o texto completo do estudo
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