Famílias substitutas recebem crianças afastadas do convívio familiar

Um serviço ainda pouco comum no Brasil garante às crianças afastadas do convívio com a família (por ordem judicial) o direito de, ainda assim, viver em família. No lugar de ingressarem em uma instituição de acolhimento, essas crianças ou adolescentes são recebidos por uma família substituta.

A solução é temporária: a ideia é que os acolhidos vivam em um ambiente mais pessoal e familiar até que possam voltar para casa, para a família de origem, ou até encontrarem uma família adotiva.

Em reportagem especial para o Dia das Mães, o jornal Folha de S. Paulo mostrou a história de algumas dessas “mães” substitutas. Uma delas, uma senhora de 66 anos, já recebeu e cuidou de mais de 35 crianças.

O período de convivência varia e depende de cada caso. Em algumas situações, somente alguns dias são necessários para que os acolhidos possam retornar a seus lares. Em outros, são meses de convívio até que uma solução seja encontrada.

O serviço de acolhimento familiar hoje está disponível em apenas 372 dos mais de 5 mil municípios brasileiros. De acordo com a reportagem, atualmente 1.390 crianças estão sob o cuidado de pais substitutos. Já as instituições de acolhimento abrigam mais de 46 mil crianças e adolescentes.

Leia a reportagem da Folha de S. Paulo:

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