Estudo reforça a importância dos cuidados na primeira infância para o desenvolvimento humano

17/04/2015
Fabio Ribas

Estudo publicado em março de 2015 na revista britânica The Lancet acompanhou o desenvolvimento de mais de 3.000 bebês no município de Pelotas (RS) e demonstrou os efeitos positivos do aleitamento materno.

Os resultados do estudo apontaram que a amamentação adequada ajuda a desenvolver a inteligência e a melhorar o nível de escolaridade e de renda das pessoas. Ou seja, é um fator crítico para o desenvolvimento pessoal, social e econômico.

Esse estudo reforça indicações de outras pesquisas, nacionais e internacionais, segundo as quais crianças pobres que recebem investimentos para sua proteção e educação na primeira infância apresentam, em etapas posteriores da vida, maior desenvolvimento de capacidades cognitivas, menor probabilidade (para as meninas) de engravidar durante a adolescência, índice muito menor de envolvimento com atos infracionais (para os meninos) e salários significativamente melhores.

No Brasil, o reconhecimento da importância do investimento em políticas de saúde materno-infantil e de educação na primeira infância há tempos vem sendo expresso em estudos, documentos e planos que, todavia, não têm sido colocados em prática de forma efetiva pelos governos. Por exemplo, o Plano Nacional pela Primeira Infância, formulado em 2010, traçou diretrizes gerais, metas e objetivos para 12 anos subsequentes no que se refere à proteção e promoção dos direitos de crianças entre zero e seis anos de idade. No entanto, suas metas e objetivos ainda estão longe da concretização.

As manifestações da sociedade em favor dessa prioridade vêm crescendo nos últimos tempos, o que parece cada vez mais decisivo para que planos e programas se transformem em realidade.

Acesse aqui o relatório do estudo publicado na revista The Lancet

Acesse aqui o documento do Plano Nacional pela Primeira Infância