Oitenta por cento das crianças abrigadas nas instituições de acolhimento são filhas de pais usuários de drogas, aponta pesquisa do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP). Para debater o assunto, o jornalista Alexandre Garcia recebeu em seu programa na Globo News o promotor Antônio Carlos Ozório, membro da Comissão da Infância e Juventude do Conselho Nacional do Ministério Público, e o secretário Vitore Maximiano, da Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas do Ministério da Justiça.
De acordo com Maximiano, 50% das mulheres que fazem uso de crack revelaram em pesquisa que já engravidaram ao menos uma vez. “Isso mostra que as ações, sejam do governo federal, dos governos estaduais e dos governos municipais, no campo do tratamento, deve ser uma oferta de serviço de saúde e também uma oferta de apoio social”, diz o secretário.
O promotor Ozório fala sobre o acolhimento familiar – ainda pouco disseminado no Brasil, mas muito usado nos Estados Unidos e em países europeus – como uma alternativa ao acolhimento institucional, que permite à criança e ao adolescente desfrutar da convivência familiar e ameniza alguns impactos negativos do acolhimento. “Uma intervenção sistêmica do Estado é necessária, mas nem sempre é positiva. Tanto que a reintegração de crianças para pais usuários de crack é pequena”, afirma o secretário.
Assista aqui ao vídeo do Programa.
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