Em uma década, as mulheres tiveram um ganho real no rendimento de trabalho mais de três vezes superior ao dos homens, revelam dados dos Resultados Gerais da Amostra do Censo 2010 do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Enquanto o rendimento delas cresceu 13,5%, o deles aumentou apenas 4,1%. O rendimento médio real geral em 2010 foi de R$ 1.345, contra R$ 1.275 em 2000.
Apesar disso, a parcela feminina dos trabalhadores continua recebendo menos do que a masculina. Para os homens, esse rendimento passou de R$ 1.450 para R$ 1.510. Já para as mulheres, aumentou de R$ 982 para R$ 1.115. Desse modo, em 2010 elas ganharam 73,8% do rendimento médio de trabalho do homem – em 2000, esse percentual era 67,7%.
O Nordeste é a região em que o rendimento médio de trabalho feminino mais se aproximou, em 2010, do masculino: 82,3%. Já no Sul encontrou-se a maior disparidade – o rendimento delas equivale a 69% do rendimento dos homens.
O Sudeste foi a única região do País que apresentou uma retração (de 0,7%) no rendimento médio mensal. De acordo com o IBGE, a pequena redução ocorreu por causa da diminuição de 1,7% no rendimento médio real de trabalho da parcela masculina. As mulheres tiveram um aumento (6,5%), percentagem inferior ao ganho no rendimento feminino nas outras regiões brasileiras.
